É quando me sinto a dedilhar teclas sem palavras, sem remetente...sem destino.
Quando me apercebo que ao meu lado, do outro lado, não está ninguém que oiça as minhas histórias, que entoo-o num sentimento de leveza, que no fundo me carrega fortemente, este corpo cansado.
É quando o relógio conta as horas de sonos perdidas, e a minha mente permanece acordada, a vasculhar um sótão de memórias enterradas.
Quando a lágrima que salta das janelas do coração, chama todas as outras que se sentiam aprisionadas...
É aí que eu sei que estou só.
Sei! E sei ainda melhor, porque este vazio que me vai comendo as entranhas, me faz recordar a cada segundo que a minha vida é um solo.
A impotência recai sobre mim.
Este labirinto não tem saída..
1 comentários:
Encontrei este blog por mero acaso, mas em pouco tempo percebi que me identifico bastante com tudo o que partilhas aqui.
Propriamente com este post, é bastante duro quando percebemos que na realidade estamos sós, não falo das pessoas que nos rodeiam diariamente, mas sim quando no sentimos vazios. Muitas das vezes a melhor companhia para os momentos tristes e de solidão são as teclas do computador.
Continua o excelente trabalho que realizaste até aqui. Tens uma qualidade especial de brincar com as palavras, mas no fundo transmites uma mensagem em tudo verdadeira e igual aos sentimentos de muitas outras pessoas...
Cumprimentos
Nuno Santos
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